Agronegócio no Brasil: por que importamos tantos fertilizantes?
- Agência WEBi
- 27 de fev.
- 5 min de leitura
Atualizado: 28 de fev.

O agronegócio no Brasil cresce a cada dia mais: segundo dados do TradeMap, em 2023 fomos o terceiro maior exportador mundial de produtos agropecuários, num valor de aproximadamente USD 150,1 bilhões, atrás somente da União Europeia e Estados Unidos.
Já em 2024, as exportações no agronegócio brasileiro totalizaram USD 152,63 bilhões, considerado o segundo melhor desempenho já registrado.
No que diz respeito às importações, em novembro de 2024 as importações totalizaram USD 1,54 bilhão, sendo que entre os principais itens importados estão o trigo, num montante de US$ 102,16 milhões.
E, para sustentar todo esse desempenho, o país também depende totalmente da importação de fertilizantes, já que eles impulsionam a produtividade do agronegócio no Brasil.
Nesse artigo, veremos mais sobre a relação entre a importância dos fertilizantes para o agronegócio, com estatísticas relevantes, além de que apresentaremos uma alternativa nacional de fertilizante que apresenta qualidade, tecnologia e sustentabilidade.
Siga a leitura!
A importância dos fertilizantes para o agronegócio brasileiro
A maioria dos solos, seja no Brasil e fora dele, são pouco férteis e ácidos, sendo pobres em nutrientes. Assim, para que tenha produtividade nos alimentos e nas fibras, é necessário que as plantas tenham quantidade suficiente de nutrientes.
Assim, caso os solos sejam cultivados nessas condições de pouca fertilidade e acidez, haveria pouca produtividade, e é aí que entra o papel dos fertilizantes, que corrigem as deficiências nutricionais do solo.
Nas palavras de Fábio Mizumoto, coordenador do MBA de agronegócios da FGV:
"Talvez um cidadão comum urbano tenha uma imagem de que é só plantar, que tudo dá no Brasil. Isso não é verdade. Os nossos solos são, em grande parte, pobres em nutrição e a gente precisa corrigir a capacidade nutricional para ter produtividade"
Com efeito, as estatísticas demonstram que o Brasil é o maior importador mundial de fertilizantes, sendo que, de acordo com o Conselho Nacional de Fertilizantes (Confert), é importado 75% dos fosfatados, 85% dos nitrogenados e 95% do potássio.
Além disso, em janeiro de 2024 o Brasil registrou volume máximo de importação de fertilizantes, cerca de 2,77 milhões de toneladas, contra 2,41 milhões em relação ao mesmo mês no ano anterior, com um crescimento de 15%.
Como visto, os fertilizantes são essenciais para a agricultura moderna, fornecendo os nutrientes necessários para o crescimento saudável das plantas e, consequentemente, para altas produtividades.
No Brasil, culturas como soja, milho e cana-de-açúcar são as principais consumidoras desses insumos, representando 72% do consumo nacional de fertilizantes em 2020, segundo a GlobalFert.
Ainda, segundo a Coban, os dez países que lideram o ranking de maiores exportadores de fertilizantes para o Brasil são Rússia, China, Canadá, Marrocos, Bielorrússia, Catar, Estados Unidos, Alemanha e Holanda.
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A diferença entre fertilizantes e agrotóxicos
Embora ambos sejam insumos muito utilizados no agronegócio no Brasil, os fertilizantes e agrotóxicos possuem papeis diferentes na lavoura, de forma a aumentar a produtividade dos cultivos.
Os fertilizantes são como adubo, que preparam e estimulam a terra para o plantio. Vale dizer que existem três categorias que se destacam, quais sejam:
nitrogenados;
potássicos;
fosfatados.
Importante ressaltar que cada plantio necessita de um tipo de fertilizante diferente para o seu crescimento, como por exemplo a soja, que depende do fósforo e potássio para o seu desenvolvimento.
Já os agrotóxicos são responsáveis por proteger os cultivos das pragas, fungos e animais. Também são conhecidos como pesticidas, e divididos em três categorias:
herbicida, que age contra ervas daninhas;
fungicida, contra fungos;
inseticida, que age contra insetos.
Entenda os impactos da dependência externa
Como visto anteriormente, a Rússia é o primeiro e principal fornecedor de fertilizantes para a agricultura brasileira, sendo que essa foi uma das grandes preocupações do Brasil em relação à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, temendo que o conflito trouxesse impactos negativos ao Brasil, no sentido de fazer com que o preço dos fertilizantes aumentassem.
Sendo assim, a Rússia é a principal origem dos fertilizantes no agronegócio no Brasil, sendo muito utilizado nas lavouras brasileiras.
Antes mesmo do conflito, o setor de fertilizantes já estava em crise, com preços elevados e escassez no mercado, sendo que os principais problemas eram energéticos, além de problemas logísticos em razão da ausência de contêineres e navios.
E, com a guerra instaurada, as expectativas foram de que a situação se estendesse ou até mesmo com a tendência de piorar, já que no mercado mundial, a Rússia domina 10% dos nitrogenados, 7% dos fosfatados e 20% dos potássicos, conforme Fábio Mizumoto, coordenador do MBA de agronegócios da FGV.
Ainda, de acordo com a pesquisa do Itaú BBA, vieram da Rússia o total de matérias-primas para fertilizantes 20% dos nitrogenados, 28% dos potássicos e 15% dos fosfatados.
Assim, a dependência de importações torna o agronegócio no Brasil vulnerável a variações no mercado internacional, como flutuações de preços e instabilidades geopolíticas.
Por exemplo, com a mencionada guerra entre Rússia e Ucrânia, houve uma elevação nos preços médios de US$ 649 por tonelada, sendo que em 2023 esse valor caiu para US$ 357 e, em 2024, a média foi de US$ 309 por tonelada.
Uma alternativa é que o Brasil produza os seus próprios fertilizantes, para que reduza essa dependência do exterior e consiga preços mais acessíveis.
Alternativa nacional e sustentável
Com o intuito de reduzir a dependência externa e promover práticas agrícolas mais sustentáveis, o agronegócio no Brasil tem investido em alternativas nacionais de fertilizantes, sendo que uma dessas alternativas é o AduBio®, desenvolvido pela JGB® Soluções Ambientais.
Saiba mais sobre o AduBio®
O AduBio® é um fertilizante orgânico, produzido a partir da transformação de sobras e descartes de couro da indústria de Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
Sua composição é rica em nitrogênio e outros macro e micronutrientes, sendo que esse fertilizante oferece uma liberação lenta e gradual dos nutrientes, garantindo uma nutrição mais eficiente para os cultivos.
Além disso, sua produção contribui para a economia circular, transformando sobras de couro em um fertilizante sustentável.
Assim, não há adição de produto químico no fertilizante, sendo uma opção totalmente sustentável e em respeito ao meio ambiente.
Conclusão
Podemos verificar a dependência do agronegócio no Brasil de fertilizantes importados, sendo que essa dependência é prejudicial, como visto no artigo, eis que instabilidades externas podem afetar no preço final do produto para o país.
Assim, investir em alternativas nacionais e sustentáveis, como o AduBio®, pode fortalecer o agronegócio, tornando-o mais alinhado com as práticas ambientais responsáveis.
Por isso, se você ficou interessado, clique aqui e conheça mais sobre o nosso fertilizante orgânico, e como ele é benéfico para diversos tipos de cultivos. Até mais!
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